A ressignificação na prática de avaliar do professor alfabetizador pautada nos direitos de aprendizagem

  • Adelma das Neves Nunes Barros -Mendes Universidade Federal do Amapá
  • Adriana Carvalho Souza UNIFAP
  • Heloane Baia Nogueira UNIFAP
  • Rosivaldo Gomes UNIFAP
Palavras-chave: direitos de aprendizagem; prática pedagógica; Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.

Resumo

Este texto apresenta reflexões acerca do processo de ressignificação de práticas pedagógicas dos professores participantes do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), na Universidade Federal do Amapá (Unifap). Com base na abordagem qualitativa de pesquisa em educação, realizou-se um
mapeamento fundamentado no paradigma indiciário, tendo por foco indícios em dados documentais de instrumentos formativos construídos na formação: o diário reflexivo e o relatório descritivo. A análise demonstrou que, sob dois aspectos – incorporação no fazer docente de um planejamento de ações/práticas didáticas alinhadas aos direitos de aprendizagem e de uma avaliação formativa alicerçada nos direitos de aprendizagem –, os alfabetizadores, então apoiados na dimensão de avaliação classificatória, passaram, no decorrer da formação continuada, a fundar-se em outra, diagnóstica, emancipatória, formativa/formativa-reguladora.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adelma das Neves Nunes Barros -Mendes, Universidade Federal do Amapá

Adelma das Neves Nunes Barros-Mendes, doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com estágio de doutorado na Universidade de Genebra, Suíça, é professora associada 1 da Universidade Federal do Amapá (Unifap), da qual foi vice-reitora. Coordena o
Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa e Inovação Tecnológica (Latec/Unifap).

adelma@unifap.br

Adriana Carvalho Souza, UNIFAP

Adriana Carvalho Souza Castro, especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura pelo Instituto de Ensino Superior do Amapá (Iesap), professora de Língua Portuguesa da rede pública estadual e professora substituta no Departamento de Letras e Artes da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

adriana.castro@ueap.edu.br

Heloane Baia Nogueira , UNIFAP

Heloane Baia Nogueira, mestra em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) e especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura pelo Instituto de Ensino Superior do Amapá (Iesap), integra o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Linguística Aplicada (Nepla) e participa
como professora de educação a distância na área de Linguagem pela Universidade Aberta do Brasil (UAB/Unifap).

helobaia84@gmail.com

Rosivaldo Gomes, UNIFAP

Rosivaldo Gomes, doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na área de Linguagens e Educação Linguística, é professor adjunto II de Língua Portuguesa e Didática das Línguas no Departamento de Letras e Artes da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e docente permanente do
Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLET/Unifap).

rosivaldounifap12@gmail.com

Referências

ANDRÉ, M. E. D. A. Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional. Brasília: Liber Livro, 2005.

ANDRÉ, M. E. D. A.; PONTIN, M. M. D. O diário reflexivo, avaliação e investigação didática. Revista Meta: Avaliação, Rio de Janeiro, v. 2, n. 4, p. 13-30, jan./abr. 2010.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BRAIT, B. A natureza dialógica da linguagem: formas e graus de representação dessa dimensão cognitiva. In: FARACO, C. F; TEZZA, C.; CASTRO, G. (Orgs.). Diálogos com Bakhtin. 3. ed. Curitiba: Editora da UFPR, 2001. p. 69-92.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Portaria nº 867, de 4 de julho de 2012. Institui o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e as ações do Pacto e define suas diretrizes gerais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 de jul. 2012. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11125-05072012-portaria-867&category_ slug=junho-2012-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 16 out. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento do ciclo de alfabetização (1º, 2º e 3º anos) do ensino fundamental. Brasília: MEC, 2012a.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: avaliação no ciclo de alfabetização: reflexões e sugestões. Brasília: MEC, 2012b.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: currículo na alfabetização: concepções e princípios – ano 01, unidade 01. Brasília: MEC, 2012c. Disponível em: . Acesso em: 16 out. 2020

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: formação do professor alfabetizador: caderno de apresentação. Brasília: MEC, 2012d.

FERNANDES, C. O. Avaliação da aprendizagem não é medida: reprovação não garante qualidade. Salto para o Futuro, [S. l.], v. 23, n. 8, p. 10-19, maio 2013.

FERREIRA, A. T. B.; LEAL, T. F. Formação continuada de professores: enfim, o que pensam e sugerem os docentes? In: FERREIRA, A. T. B.; CRUZ, S. P. Formação continuada de professores: reflexões sobre a prática. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2010. p. 69-86.

FERREIRA, A. T. B.; ROSA, E. C. S.; TELES, R. Atividades lúdicas: hora de aprender, hora de avaliar? In: BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: vamos brincar de reinventar histórias – ano 03, unidade 04. Brasília: MEC, 2012. p. 28-31.

FETZNER, A. R. Quando a avaliação precisa dar certo: os desafios da não reprovação. Salto para o Futuro, [S. l.], v. 23, n. 8, p. 20-23, maio 2013.

GINZBURG, C. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: GINZBURG, C. Mitos, emblemas, sinais. São Paulo: Companhia das Letras,1991.

HOFFMANN, J. M. L. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2003.

LEAL, T. F. Avaliação e organização do trabalho docente: a importância dos registros. In: BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: organização do trabalho docente para promoção da aprendizagem – ano 01, unidade 08. Brasília, 2012. p. 15-19.

LEAL, T. F.; ALBUQUERQUE, E. B. C.; MORAIS, A. G. (Orgs.). Alfabetizar letrando na EJA: fundamentos teóricos e propostas didáticas. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. (Coleção Estudos em EJA).

LUCKESI, C. C. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses futuras: uma proposta pedagógica a partir da biossíntese. In: LUCKESI, C. C. Ludopedagogia: educação e ludicidade. Salvador: UFBA, Faced, PPGE, 2000. P. 9-42.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A.; Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. (Temas Básicos em Educação e Ensino).

MORAIS, A. G. Políticas de avaliação da alfabetização: discutindo a Provinha Brasil. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 17, n. 51, p. 551-571, set./dez. 2012.

PEREIRA, G. B.; SANCHIS, I. P.; MOREIRA, L. R. Sujeito, sociedade e discurso. Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 62, n. 2, p. 2-13, 2010.

PERRENOUD, Ph. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.

SAUL, A. M. Avaliação emancipatória: desafios à teoria e à prática de avaliação e reformulação de currículo. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1995.

SUASSUNA, L. Instrumentos de avaliação em língua portuguesa: limites e possibilidades. In: MARCUSCHI, B.; SUASSUNA, L. (Org.). Avaliação em Língua Portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. P. 111-126.

Publicado
12-11-2020
Seção
Pontos de vista - O que pensam outros especialistas?